O que é a alquimia

 


 

A Alquimia é uma técnica esotérica que possui objetivos espirituais semelhantes a muitas tradições mágicas. Aparecendo no ocidente no século XII, como termo de referência, estava relacionada com a procura de um «elixir de imortalidade», com uma cura universal, ou com um meio de transportar metais não preciosos em ouro. Foi considerada percussora especulativa da química, sendo, no entanto, bastante diferente desta: a química linda com tudo o que é cientificamente verificável, enquanto a alquimia, como prática de magia, preocupa-se antes com a realidade escondida acende sob a perceção normal.

A bíblia dos alquimistas é atribuída a Hermes Trimegisto.  Nela se afirma:« aquilo que está em baixo é igual ao que está em cima»,  e que todas as coisas vêm do infinito e eterno.  1 simbolizado por Ouroboros,  uma cobra ou um dragão comendo a sua própria cauda, representando o ciclo do universo e do infinito eterno.

A alquimia como o despertar química

A Alquimia veio a tornar-se a grande paixão da época, combinando a busca da Pedra Filosofal, que se acreditava ter o poder de transmutar os metais-base em ouro,  com uma procura espiritual interior (esotérica).  A Alquimia era encarada como uma arte que conduzia a transmutação  Como uma ciência embrionária era uma proto-química:  os alquimistas primitivos realizaram em laboratórios as suas experiências e estudos e fizeram uma série de descobertas que contribuíram para o desenvolvimento da química. Esta prática conduzia a experiências com metais e outras substâncias e os resultados eram interpretados com o auxílio da astrologia,  da cabala e do conhecimento das ervas, empregando frequentemente a linguagem do simbolismo místico cristão.

Paracelso e uma nova ciência

Paracelso (1493-1541), foi uma figura dominante da medicina e da filosofia do século XVI, e era alquimista. Este filósofo argumentou contra a posição de se encarar a razão com base da medicina, e tentou criar uma nova ciência médica, baseada na relação espiritual entre o homem e o Cosmos. Paracelso acreditava que podia transformar metais não preciosos em ouro, «curando-os» das suas impurezas. Ele comparava a alquimia à medicina, e a impureza dos metais, à doença. A alquimia constituía um meio de aperfeiçoar aquilo que a natureza deixa no estado imperfeito. Paracelso considerada a humanidade a coroa da criação, e acreditava no livre arbítrio e no poder individual, até ao ponto de se poder influenciar as estrelas.

Alquimia na China e na Índia

A alquimia na China

A Alquimia está ligada às tradições esotéricas e a todas as culturas em que é praticada.  Na China, por exemplo, está associada ao Tauísmo.  Nesta tradição, o ponto de vista alquímico sobre o «eu» está associado a práticas que asseiam pela perfeição do espírito  e pelo refinamento do corpo, para que possa abranger o Caminho, isto é, uma vida mística na qual o indivíduo está integrado com a sociedade e com o Cosmos.

Os chineses estavam interessados em prolongar a vida, e parece que foi desenvolvido um «elixir da imortalidade» no século IV antes de Cristo.  Mas, apesar de tudo, os alpinistas chineses eram simples na sua procura e, contrariamente aos indianos, aos gregos ou aos alquimistas ocidentais, não faziam a distinção entre este mundo e o próximo, nem procuraram A libertação do cosmos. Assim, por contraste, a matéria e o espírito eram parte de um todo, e o objetivo do elixir era a preservação do espírito.

A alquimia na Índia

No Hinduísmo, a alquimia preocupava-se com técnicas de aperfeiçoamento físico, revigoramento e rejuvenescimento, enquanto no budismo, se enfatiza superiormente o processo yogue interno e o prolongamento da vida e encarnação, apenas, como um meio para a realização da libertação total.

 

A Alquimia é uma técnica esotérica que possui objetivos espirituais semelhantes a muitas tradições mágicas e procura a cura universal.