O mistério da Atlântida

 

Pensou-se que no fundo o oceano Atlântico está provavelmente o restante de um continente perdido designado por Atlântida e que faz parte de um dos lugares mais misteriosos da história. Tal continente teria existido a oeste de África do Norte e de Espanha. Platão, um filósofo grego, nos diálogos Crítias e Timeu, deixa uma descrição bastante convincente acerca desse lugar. Aliás, fica mesmo difícil acreditar que fosse apenas um relato baseado na sua imaginação.

Assim, a Terra seria habitada pela quarta Raça Mãe. Quando se encontrava no apogeu da sua prosperidade, há mais ou menos um milhão de anos atrás, a Atlântida ocupava quase toda a área atualmente coberta pela parte setentrional do oceano Atlântico. Chegaria do nordeste até à Escócia, e ao noroeste até ao Labrador, cobrindo, ao sul, a maior parte do Brasil. Mas o grande cataclisma que ocorreu acerca de 80 mil anos, destruiu quase tudo o que restava desse grande continente. No entanto, há ruínas que estão a ser descobertas e também pesquisadas ao longo da costa de Espanha, das Ilhas Canárias, de Marrocos, de Portugal e também dos Açores.


Possíveis localizações da Atlântida

Vejamos a situação das Ilhas Canárias, dos Açores e da Madeira: podemos admitir que fossem cumes montanhosos suficientemente altos para se poderem manter acima do nível das águas do mar, quando ocorreu a catástrofe global, submergindo a Atlântida? A verdade é que os gauleses, os irlandeses e os celtas britânicos acreditavam que os seus antepassados tinham vindo de um continente que se afundou conhecido por Avalon. Os bascos, que se encontram a sudoeste de França e a norte de Espanha, acreditam que são descendentes da Atlântida. á qual chamam "Atlaintika". Também nas Ilhas Canárias, onde o nome "Atalaya" é usado com frequência, na época em que os territórios foram descobertos, os habitantes diziam-se sobreviventes de um cataclisma.

Também, por outro lado, quando os espanhóis chegaram ao México, souberam que os astecas julgavam ser originários de "Aztlán". Eles pensavam que poderiam ser descendentes da Atlântida. Por isso, o México seria deles, devido à estreita ligação com o continente.


 

 

 


 

 

Mais do que um mito?

Aqueles que continuaram a trabalhar com a magia, apesar dos movimentos de oposição, tentaram criar um sentido através das Afinidades entre as coisas, o que envolveu frequentemente a utilização de mitos. Um mito é uma história sagrada, partilhada por um grupo de pessoas que nele encontra os seus valores mais importantes. Nas culturas ocidentais, a mitologia é, muitas vezes, equiparada aos contos de fadas, ao «irreal» ou até à falsidade. Enquanto, na situação da história, esta está associada à verdade. Contudo, o mito teve um papel muito importante na magia, ao explicar o processo de formação do mundo e ao assinalar relações significativas com ancestrais e outros seres.
Neste sentido, o mito da Atlântida é especialmente importante para os magos ocidentais. Diz-se que é um continente submerso que ocupava a maior parte da área do oceano Atlântico. E, por outro lado, foi o lugar de origem dos povos europeus.

As origens da Atlãntida

O mito da Atlântida recolhe uma posição muito importante na magia ocidental. O nome «Atlântida» sugere visões de uma terra maravilhosa de beleza e abundância. Alude a uma sociedade utópica onde reinavam a paz e a justiça; um país dourado, no meio de um vaso mar azul. A lenda foca a história da antiga civilização de uma ilha, em conflito com Atenas e com o Egito, que desapareceu da noite para o dia devido à degradação espiritual.

Foi Platão (428-347 a.C.)o primeiro a escrever sobre o mito com Timeu, relatando como uma força poderosa tinha emergido do oceano Atlântico. O tamanho e a localização da Atlântida perdida foram revelados ao estadista e poeta Sólon por um sacerdote egípcio, por volta do ano 390 a.C. O Sacerdote descreveu a Atlântida como um reino que havia sido muito maior do que a Líbia e a Ásia menor juntas, que, cerca de 9000 anos antes, se tinha situado Para além dos pilares de Hércules, na extremidade ocidental do mar Mediterrâneo. Contudo, em tempos, os seus exércitos tinham conquistado a maior parte dos países do Mediterrâneo.

A magia e as crenças da Atlãntida

O entusiasmo dos mágicos pela lenda da Atlântida revela uma nostalgia por um mundo perdido e por um estádio original de totalidade, antes de os humanos terem perdido o contacto com a sua fonte espiritual. Na verdade, o mito representa uma visão ideal de uma idade do ouro, um período no passado em que reinava a harmonia social e espiritual: um jardim do paraíso antes de queda, onde os humanos estavam em contacto com a divindade.
Muitos mágicos modernos procuram formas de restabelecer a ligação com este estado ideal de existência, trabalhando, ao mesmo tempo, com os seus «eus» espirituais interiores. Alguns afirmam estar em comunicação telepática com os habitantes da antiga Atlântida, enquanto outros recordam anteriores encarnações vividas na ilha.
Todavia, em todos os anos é publicada uma profusão de livros acerca da Atlântida. Há uma tese popular entre os que acreditam na sua existência e a de que as civilizações do velho e do novo mundos partilharam aí uma origem cultural comum. Isto explica a existência de mitos, símbolos e até línguas comuns.

A ligação ao oculto

Considera-se que Atlântida é o lar dos iniciados de uma tradição secreta oculta que tem sido transmitida através de várias seitas e sociedades secretas de magia. Entre os movimentos mais associados estão os Templários, os Rosa-Cruz, os mações e outras escolas ocultas. Algumas destas, afirmam ter reconstruido toda a história da Atlântida através de mensagens espirituais. Edgar Cayce, um medium cristão americano muito famoso, nascido em 1877, ficou perturbado ao descobrir que, em estado de transe, tinha revelado a história da humanidade desde a Atlântida. Semelhante ao estilo épico de ficção científica, o medium disse que a Atlântida tinha sido habitada por uma civilização tecnológica, baseada no poder dos cristais.

 

O mistério do continente desaparecido da Atlântida.